Em recente pesquisa realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia (SEDUR) foi demonstrada que apenas 43 cidades baianas possuem aterro sanitário, o método de descarte de lixo que hoje, é considerado o mais adequado para todo o lixo descartado, atualmente chegando a mais de treze mil toneladas por dia.
A lei federal nº 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabeleceu prazo para a substituição de lixões a céu aberto por aterros sanitários. Entretanto, essa realidade está longe de ser alcançada pois há uma dificuldade muito grande em cumprir tal determinação.
Uma das maiores dificuldades alegadas é a escassez de profissionais, uma vez que os municípios são carentes, principalmente nos setores do meio ambiente. Os municípios pequenos são os que possuem maior dificuldade em cumprir com o prazo estipulado. Gerenciar um aterro sanitário é algo caro e necessita de equipamentos, os quais as verbas municipais não conseguem suprir.
Foi revelada pela SEDUR que no estado da Bahia, há pelo menos 216 lixões. O número pode ser maior porque 105 municípios não responderam à pesquisa feita pela entidade. Apenas 43 cidades baianas têm aterros sanitários e 53 têm aterros controlados.
Em nível nacional, a Bahia tem o terceiro maior volume de municípios com lixões, estando à frente somente o estado do Tocantins e Goiás. Os quatro maiores municípios do estado (Salvador, Feira de Santana, Vitoria da Conquista e Camaçari) já possuem o aterro sanitário, todavia, considerando outras grandes cidades, Juazeiro, Itabuna e Ilhéus ainda não contam com os aterros.
As faltas de solução para o lixo acarretam em inúmeras consequências, principalmente para o meio ambiente que infelizmente não espera o futuro chegar, bem como para os próprios prefeitos, que se não se adequarem poderão responder civilmente, criminalmente, além de responder sanções administrativas.
Para o engenheiro sanitarista Victor Vidal “O principal investimento na minha concepção é investir em gestão, porque a partir desse investimento é possível mandar somente o rejeito para o aterro sanitário. O rejeito equivale de 10 a 15% de todo resíduo sólido gerado no ambiente urbano. O aterro sanitário é importante, ele é fundamental, e é para onde deve ir o rejeito. Todo outro resíduo sólido urbano gerado deve ser dado uma destinação mais correta, mais adequada, para que tenha um custo menor ao final do que propriamente o equipamento aterro sanitário”.
Nesse contexto, é exatamente nesse ponto que se constata a real necessidade de ser reconhecido o Lixo Zero Social 10. Como o próprio engenheiro, especialista no assunto, Victor Leal menciona, deve ser utilizado uma destinação mais adequada, e as implementações das CTT’s, usinas para incineração de animais, resíduos sólidos hospitalares, materiais industriais e as cooperativas para atendimento da população denominada Cooperiner, além do Elo Social são as melhores respostas para assolar todas as questões envolvidas no problema lixo, sejam eles quais forem.
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